O presente estudo debruça-se sobre o contributo do Governo de Unidade e Reconciliação Nacional (GURN) para a pacificação e reconciliação de Angola. Com base em diversas fontes (documentais, bibliográficas e entrevistas a personalidades políticas), o autor considera o GURN como um meio de integração das diferentes aspirações políticas, garantindo desta forma a paz e a promoção de uma convivência pacífica entre as elites desavindas – um problemas que as eleições multipartidárias não foram capazes de ultrapassar.
O estudo conclui que o GURN constituiu uma forma de maximizar a integração dos quadros do partido político que lutou contra o governo democraticamente eleito, participando nas decisões do Estado não só através do Parlamento e das Forças Armadas unificadas, mas também através do Governo.
O GURN contribuiu significativamente para a mobilização de vontades visando o fim do conflito armado em Angola, ao mesmo tempo que reuniu as elites políticas antes desavindas num projecto de governação e de reconciliação.
Introdução
Capítulo 1. Formas de governo e meios de resolução de conflito
1.1. Conceitos
1.2. Regimes políticos
1.3. Participação e representação políticos
1.4. Formas de Governo
1.5. Governos de coligação
1.6. Meios de resolução de conflitos
Capitulo 2. Acordos e fracassos entre os movimentos nacionalistas
2.1. Génese da controvérsia
2.2. Rivalidades
2.3. Acordos de Alvor
2.4. Intervenção do exterior no conflito angolano
2.5. Eleições multipartidárias e as Nações Unidas
Capitulo 3. O GURN no Protocolo de Lusaka
3.1. Violação e concessões
3.2. Sanções à UNITA
3.3. O GURN entre a convivência e a divergência
3.4. O GURN e a UNITA Renovada
3.5. Guerra para a paz
Capitulo 4. Métodos e técnicas de investigação
4.1. Metodologia de Investigação
4.2. Método
4.3. Entrevistas
Capitulo 5. O GURN e a pacificação de Angola
5.1. “Coligação” entre contendores
5.2. O papel pacificador do GURN
5.3. Como governar em situação de conflito armado
5.4. Quem governou o GURN
5.5. O GURN e o futuro
Conclusão
Referências bibliográficas
Anexos
Anexo 1. Entrevista com E1
Anexo 2. Primeira composição do GURN
Anexo 3. protocolo de Lusaka
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