Habituados a que a escolarização universal e prolongada seja para nós uma experiência natural, é fácil perder de vista que isso sucede de modo artificial,
dentro de um sistema educativo que tem o poder de regular quem nele entra, como o faz, que caminhos se prevêem para diferentes tipos de alunos, o que se
espera deles ou como trabalham os professores. Presumir que a estrutura do sistema educativo e o seu funcionamento peculiar constituem uma resposta
coerente às necessidades sociais, pressuporia o desconhecimento de que tal sistema é o resultado histórico de inúmeras forças que se somam e se contradizem;
de projectos, conflitos e resistências que desembocaram numa realidade cultural que poderia ter sido de outra forma.
Capítulo I – Rumo ao fim dos sistemas educativos?
Capítulo II – Os sistemas educativos
- Sistemas educativos nacionais
- Sistemas educativos e profissionalização docente
- Sistemas educativos e escolarização
- Sistemas educativos e factores políticos (o caso espanhol)
Capítulo III – Os sistemas educativos num sentido estrito (estruturas, processos, tendências)
- Processos de inclusão e exclusão e progressividade do sistema
- Processos de segmentação e graduação
- A escola inclusiva, integrada ou única
- Tendências e forças internas (pressão propedêutica, estabelecimentos modelo e culturas escolares)
Capítulo IV – As culturas escolares
- Génese e usos da expressão ‘cultura escolar’ no âmbito histórico-educativo
- Traços e elementos
- A cultura escolar e a sua capacidade para gerar produtos próprios: As disciplinas escolares
- Utilidade, limites e perigos da expressão “cultura escolar”
- Cultura escolar, culturas escolares ou culturas de ou sobre a escola?
Capítulo V – Culturas escolares e reformas educativas
- Reformas e inovações (precisões terminológicas)
- Reformadores e gestores frente a professores e mestres: a cultura política da escola
- Especialistas científicos e especialistas frente a professores e mestres
Capítulo VI – A questão da mudança na educação
- Muda o ensino? Rumo a uma tipologia das mudanças educativas
- Mudanças que têm a sua origem em processos socioeducativos
- Mudanças organizativas e curriculares
- Culturas escolares, reformas e inovações
- Por uma análise histórico-comparativa dos processos de inovação
- Em jeito de epílogo (culturas escolares, mudanças e inovações)
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